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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Agressão a Serra - O protesto do jornalista do SBT

Nota do jornalista Marco Alvarenga, autor da reportagem do SBT sobre a agressão a Serra:

"Fiquei profundamente transtornado ao ver e ouvir no programa eleitoral da candidata Dilma Roussef um trecho da reportagem que gravei sobre a agressão sofrida pelo candidato José Serra no Rio.

Em toda minha carreira profissional, NUNCA participei direta ou indiretamente de qualquer campanha eleitoral. JAMAIS servi a candidaturas, e desejo continuar assim. Não aceito, por mais insignificante que seja, qualquer associação do meu trabalho a esta disputa subterrânea. Minha voz só a mim pertence.

Em nenhum momento na matéria afirmo que o objeto que aparece nas imagens foi o único a atingir José Serra durante a confusão, muito menos ter sido o causador da dor manifestada pelo candidato.

Perguntei a 2 assessores do PSDB se haviam visto o quê atingira Serra. Eles responderam negativamente.Tentei, por meio de assessoria, ouvir o candidado. Ele preferiu falar apenas à TV Globo.

Fui informado de que a direção de jornalismo do SBT não autorizou a veiculação e , prontamente, acionou o departamento jurídico para adotar as providências necessárias. Isto me alivia. Fosse outra a postura, não me sentiria mais em condições de continuar nesta casa."

Sem medo do passado – Carta aberta de Fernando Henrique Cardoso a Lula

Fernando Henrique Cardoso

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento.Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal.

Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010.

“Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.
(José Eduardo Dutra)

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.

Fernando Henrique Cardoso

Manifesto em Defesa da Democracia

Minas no coração de Serra

Foto: Síntia Peixoto
Candidato a presidência José Serra, PSDB, no dia 14 de outubro, em Belo Horizonte/MG. Evento que reuniu mais de 400 prefeitos mineiros para dar apoio ao candidato.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Serra baixa o cacete nas pesquisas

De José Serra sobre as pesquisas de intenção de voto:

-Os institutos passaram um vexame no primeiro turno, inclusive o Ibope, foi um vexame, errou até na pesquisa de boca de urna. Aqui no Paraná foi um dos casos mais dramáticos. Houve diferenças incríveis aqui, como houve também em Santa Catarina, entre os que os institutos diziam e o que as urnas disseram. Essa pesquisa do Ibope é estranha porque não há registro dos questionários, como a legislação exige. Segundo, o resultado já tinha sido publicado antes de que a pesquisa estivesse pronta, em um blog aí bem informado, o que é muito esquisito, vazar números da própria pesquisa antes que a pesquisa esteja pronta. Seria muita coincidência que acertasse. Então, são situações esquisitas. A gente tem que estar muito prevenido e não se deixar condicionar na preferência de voto por pesquisas, porque elas tem problemas, em geral, metodológicos e às vezes não são bem feitas ou às vezes alugadas, como é o caso da Vox Populi.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eleições 2010 em Delfinópolis/MG

Delfinópolis esta situada no sudoeste de mineiro. Possui cerca de 7 mil habitantes, com um total de 5.633 eleitores. Esses dados mostram um aumento nas transferências de título de eleitor e uma suspeita de compra de votos. Até mesmo uma eleição presidencial movimenta a cidade. Porém, o número de abstenções assustou. Comparando os dados da última eleição para esta teve um aumentou de três vezes.
Ontem, antes de sair o resultado final das eleições a oposição foi para as ruas comemorar os resultados. Carlos Melles (DEM) e Antonio Carlos Arantes (PSC), deputados federal e estadual, apoiados pela oposição ganharam na cidade. Essa vitória fez com que a oposição comemorasse.
A festa de ontem mostra que estamos longe das eleições para prefeito, mas a implicância já começou. Tucanos versus lavaredas dois partidos que comandam a política local. A chuva virou tradição nos dias de eleição, conseguiu apagar as chamas dos lavaredas e molhou as asas dos tucanos. A comemoração durou pouco, mas colocou a população no pique para a próxima eleição que esta pouco mais de dois anos.
O que surpreendeu foi o número de abstenções e esse número alto foi em todo o país. O número de abstenções em Delfinópolis aumenta as suspeitas de transferência de título de pessoas que não residem na cidade. O número de abstenções na eleição de 2008 foi de 323, já em 2010 esse número aumentou quase quatro vezes, saltou para 1.206. Os votos brancos tiveram um aumento significativo de 40 para 180 e nulos também de 117 para 341.
Porque dar importância somente à eleição para prefeito, a presidencial também merece a respectiva atenção! Afinal, escolheremos o nosso candidato para representar o nosso Brasil por 4 anos.

Quem é Aécio vota Serra, Anastasia e Itamar

Com o apoio de Aécio e Marina, Serra tem chances de vencer o segundo turno.

Assista agora: O Brasil não é do PT! (todos os vídeos)


Uma eleição e muitas lições

Por Mirian Leitão


Os sorrisos e a comemoração da candidata Marina Silva e seus correligionários e o desânimo do grupo que acompanhou a declaração da candidata Dilma Rousseff poderiam deixar num estrangeiro a impressão oposta aos fatos. Uma pessoa que não fale português leria a linguagem corporal das duas concluindo que Marina é que teve o maior número de votos e que Dilma é que ficou em terceiro lugar. Essa diferença de tom e clima mostra que política é mais complicado do que parece.

O governo estava convencido de que ganharia no primeiro turno. Em agosto, a candidata disse que estenderia a mão aos derrotados num claríssimo momento de salto alto. A convicção da vitória vinha da popularidade do presidente da República. Ele se sentia um Midas. O PT tem muito a comemorar na Bahia, no Rio Grande do Sul, em vários outros estados, mas perdeu os dois maiores colégios eleitorais do país: Minas e São Paulo. Em Minas, a derrota do PT foi completa: perdeu o governo e as duas vagas ao senado. Dois dos melhores quadros do partido no país ficaram sem mandato: Patrus Ananias e Fernando Pimentel.

Marina sai dessa derrota como uma grande força política, sai conquistando o que se propôs: primeiro, quebrar o plebiscito que o presidente Lula tinha decidido que ocorreria nesta eleição; segundo, incluir outros temas na agenda; terceiro, mostrar que a questão ambiental não é samba de uma nota só, mas um tema que integra todos os outros.

Os institutos de pesquisa têm muito a aperfeiçoar dos seus métodos porque passaram os últimos meses garantindo que a candidata Dilma Rousseff ganharia no primeiro turno. E só nos últimos dias é que começaram a dizer que a situação estava indefinida, mas nenhum apontou o que houve de fato em termos de votos válidos. Há pouco mais de uma semana ainda apontavam percentuais de 11% a 13% para Marina Silva. Para Senador em SP ninguém tinha previsto Aloysio Nunes Ferreira com a primeira vaga.

Dilma Rousseff mantém seu favoritismo, mas nada está garantido de véspera. Tudo dependerá da capacidade dela de atrair parte dos eleitores de Marina Silva. José Serra tem o desafio de unir o partido, integrá-lo em sua campanha, não fazer uma campanha tão auto-centrada, e tentar atrair o apoio de Marina Silva. Como a própria candidata do Partido Verde disse, o voto é do eleitor e não do candidato. Ela pode apoiar um ou o outro, ou ficar neutra, seu eleitor não vai segui-la cegamente, como nunca seguiu ninguém. Mas é interessante o movimento do Partido Verde de decidir para onde ir em uma reunião plenária e com um programa na mão.

Ganhará essa eleição quem tiver entendido as muitas lições que os resultados trouxeram.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Último debate!

O tão esperado último debate da Rede Globo não superou as expectativas de ninguém.
Para quem estava indeciso continua indeciso. O debate ficou empatado no 0x0. O Brasil parou para ver uma conversinha de comadre. Será que valeu a pena?
Para complementar a palhaçada hoje foi aprovado uma lei que não precisa levar o título de eleitor para votar, se não precisa levar certamente não vai precisar tirar, agora o que faço com o meu? (Deixo em aberto para cada um pensar o que quiser)
Boa noite a todos!