Um estudo
realizado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP aponta
que as variações climáticas, principalmente no inverno, têm influência sobre a
saúde humana e favorece o desenvolvimento de certas doenças.
A geógrafa
Isabel Barbosa dos Anjos, autora do estudo, utilizou a cidade de Maringá, no
Paraná, como exemplo para seu estudo. Foram analisadas as internações por
doenças respiratórias durante o período de 2000 a 2007. A pesquisadora percebeu
que as massas de ar frias encontram o organismo despreparado e causa choque
térmico, favorecendo o desenvolvimento de doenças.
“No inverno as
temperaturas não são constantes, ou seja, não está frio o tempo todo, aumentando
a intensidade desse choque. Ocorre também a diminuição da umidade relativa do
ar, que nesse período pode ser encontrada inferior a 40%, causando o
ressecamento das mucosas das vias aéreas respiratórias. E esse processo facilita
o ataque por vírus e bactérias presentes no ar”, explicou Isabel. Isso acontece
especialmente no inverno, que registrou quase o dobro de casos de internações em
comparação ao verão.
No período analisado, foram registrados 18.339 casos de
internações e 736 óbitos em decorrência de doenças respiratórias. O fato que
chamou a atenção é dessas doenças não serem socioeconômicas, não atinge apenas a
população pobre. Atingem principalmente crianças de até nove anos e idosos acima
de 60. Nas áreas mais populosas o contágio é facilitado, sendo as maiores zonas
de risco. A maioria dos casos foi por influenza (gripes) e pneumonias,
responsáveis por 59% dessas internações.
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